domingo, 24 de março de 2013

O Alto Valor do Tédio

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Vivemos em um momento onde sentir tédio parece sempre uma coisa ruim. Mas será mesmo?
Lendo uma reportagem vi um trecho que me chamou atenção, porque o autor ao falar deste sentimento meio marginalizado diz: "[...] mas é justamente a dor provocada por esta sensação que nos impele a agir, abrindo caminho para novas descobertas."
Dia desses, quando a falta de energia nos deixou órfãos de tv e internet, ouvi de um filho que estava muito entediado, mas não demorou muito para ouvir vozes sorridentes, em uma conversa animada que foi acompanhada de passos apressados e ruídos próprios da alegria.
Na era da tv e da internet, o tédio tem sido um sentimento quase inexistente, até porque parar por vezes nos leva a pensar, e pensar pode não ser o que muitos desejam.
O ócio tem que existir em nossas vidas, temos que parar, pensar, para então agirmos...
Sou muito a favor do título do livro de Mário Quintana: Preguiça como método de trabalho...
Afinal como ele mesmo diz: "A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda."
Ócio, preguiça e tédio não precisam carregar consigo a má fama que possuem.
Vamos fazer do tédio nosso maior aliado.