terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Um conto de Natal




Saiu apressada, enfrentou um grande engarrafamento... tinha que comprar os últimos presentes de Natal. Não gostava desta data, era tudo tão comercial.
O sentimento de tristeza e solidão afloravam ...
Havia muito, seus natais terminavam às 20 horas do dia 24, quando entregava os últimos presentes dos sobrinhos. Natal era uma festa familiar, mas ela não acreditava ter uma família. Sempre se achava intrusa na família dos outros.
Quando achava que tinha se desincumbido da última tarefa, comprando a bola de basquete para o sobrinho mais velho, lembrou da cunhada. Não tinha comprado nada para a cunhada...
Pensou em voltar, mas o desanimo tomou de conta. Viu uma lojinha com as luzes acesas e resolveu entrar e comprar alguma coisa lá mesmo.
Entrou...Mas algo estava diferente, procurou um presente na prateleira, mas aquela sensação a perturbava. Levantou os olhos e observou a loja. Nada demais, apenas uma loja de bairro, com uma modesta ornamentação.
De repente percebeu... Não havia papai Noel, ou alusão à neve, ou bolas coloridas ou presentes...Havia um pequeno presépio que se destacava pela iluminação diferenciada e anjos por toda parte...
Ao olhar para o semblante de um dos anjos sentiu como que um afago e uma brasa queimou em seu coração. Ele anunciava: “ Glória a Deus nas alturas e Paz na terra aos homens de voa vontade. Jesus Nasceu!
Aquele foi um natal diferente...A meia-noite foi ao templo, uniu-se aos homens de boa vontade e descobriu: Natal é nascimento, renascimento. E percebeu o que sempre existiu: Não estava só, era muito amada...

2 comentários:

  1. Lindo texto! É seu? Sendo ou não, não importa. O fato é que você está de parabéns pela postagem. Feliz Natal! Adriana, a propósito, aceite meu convite e venha ver o texto de número 292 de minha literatura amadora. >>> HEMATÓFAGO no http://jefhcardoso.blogspot.com lhe espera. Abraço!

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  2. Sim, Jeferson o conto é meu! Irei lhe fazer uma visita!

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