domingo, 12 de fevereiro de 2017

Maternidade Testosterona

Ontem, assisti um vídeo anônimo de um pai que contava seu aprendizado como pai de cinco filhas, mesmo inicialmente tendo desejado um time de basquete masculino. Ao final do vídeo, depois de narrar sua saga no universo feminino é notório a satisfação de estar cercado por tanto estrogênio, o nome do vídeo era paternidade estrogênio.
Pois bem, vendo vídeo, e sorrindo largamente das peripécias paternas para se adaptar a um ambiente estranho ao seu, lembrei de mim!
Não tenho cinco filhas, mas tenho três filhos, e também vivo em um ambiente onde sou uma espécime estranha. Como o pai do vídeo tinha a esperança, de quando formei uma família de ter uma "linda menininha", mas ao contrário vieram ter comigo, nascido de um amor imenso três arcanjos, tão especiais, que os nomes, de anjos mesmos, fazem jus a personalidade de cada um.
Como é ser mãe de menino? É brincar de carrinho, de pega-pega, de esconde- esconde, é não sentar um minuto no primeiros cinco anos de suas vidas, é ensinar a fazer xixi por mímica. Ser mãe de menino é ter que aprender a jogar vídeo game, ou pelo menos entender a gíria do meio. É chegar no parque carregando um skate, e sair apoiando um atleta todo machucado. É partilhar das primeiras paixões infantis. É perguntar das namoradas. É começar a perceber seus pequenos crescendo, engrossando a voz, ficando duas vezes a sua altura.
Tenho três filhos e um maridão, meu universo é muito masculino, é preciso me habituar com correrias em casa e brincadeiras pesadas entre os quatro, e de vez em quando lembrá-los que eu sou uma menina e não aguento a folia que fazem, meu físico e fôlego não permitem.


As vezes fico pensando como seria a minha vida se tivesse tido uma linda menininha, com certeza teria companhia para comprar sapatos, para olhar vitrines, para conversas de meninas. Minha menininha não chegou, mas mandaram-me três maravilhosos mancebos!

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